quinta-feira, 20 de setembro de 2012

iPhone 5: um ótimo produto ou uma inovação de ruptura?







A Apple lançou o Iphone 5.A discussão atual concentra-se na análise de qual será o nível de inovação do produto e quais serão as principais novas funcionalidades.
Já é possível avaliar o potencial do produto. Segundo comunicado o novo Iphone 5 é 20% mais leve, 18% mais fino e tem 12% menos volume. O processador é mais rápido. A tela de retina é melhor e maior. A bateria é mais resistente.
Enfim, um Iphone ainda melhor. Mas não uma inovação de ruptura. E o novo “oceano azul” ou as inovações radicais não vieram junto?
Não, parece que nem precisava. O Iphone 5 é um produto que evoluiu. Vai abrir ainda mais vantagem na liderança entre os smartphones.A Apple domina o ciclo de vida da inovação moldando a curva S popularizada pelo Prof. Richard Foster à sua própria vontade.
A curva S,assim denominada por seu forma em S, demonstra como ocorre a evolução da performance em determinada tecnologia ao longo do tempo. Há um limite de evolução tecnológica que será suplantado por uma nova curva.
Esse fenômeno ocorreu com o transistor, lâmpada, motor a vapor, software e até com pranchas de surf e a tecnologia das quilhas.
Nessa substituição tecnológica há enorme mudança nas posições de liderança nos setores afetados.
1. Empresas suíças de relógio sucumbiram ao relógio digital.
2. Empresas de máquina fotográfica perderam competitividade na mudança do analógico para o digital.
3. A Nokia mudou sua condição de protagonismo com a revolução dos smartphones.
4. A Microsoft perdeu terreno na migração do desktop para o mobile.
5. A Palm não conseguiu migrar do organizador pessoal para o celular com eficácia.
6. A RIM, fabricante do Blackberry parece enfrenta dificuldades frente ao novo modelo de negócios de conteúdo, applications e smartphones mesmo tendo sido líder poucos anos atrás
Algumas empresas conseguem saltar as curvas, outras ficam pelo caminho.A capacidade de destruir e criar sua nova posição competitiva é a forma mais eficiente da empresa atingir performance superior a média de mercado e evitar ser surpreendida por novos concorrentes.
A empresa precisa ser boa executora e boa inovadora. Uma organização ambidestra.A Apple tem feito isso. Gerencia a inovação mesclando movimentos com intensidades e tipos de inovações distintas. Foram 3 inovações radicais nos últimos 10 anos (ipod, iphone, ipad) entrelaçadas por inovações de modelo de negócio (appstore e itunes) e de canal de distribuição (lojas conceito).
Se é hora de inovações incrementais nos produtos e serviços existentes ela o faz. A nova versão quase sempre tem vendido mais do que a anterior. Quando o ciclo de vida do conceito atinge a maturidade e começa a perder ritmo ela introduz uma inovação radical, de ruptura ou até de modelo de negócio, por vezes criando uma nova categoria de produto.
O mais interessante é que a empresa tem conseguido se manter eficiente e inovadora. Tim Cook atual CEO da empresa vem da área de Operações e Supply Chain. É considerado como grande responsável por proporcionar abrangência e qualidade a sua operação global.
Nos últimos 10 anos a Apple equilibrou eficiência com inovação. Mais do que isso, tem gerenciado as inovações como lhe convém. O novo Iphone 5 é um produto fantástico. Seus recursos são ainda mais potentes. Mas não é uma inovação de ruptura.
É possível que nem precisasse ser. Ela própria determinaráquando será a hora mais adequada para a nova inovação de ruptura.
Até lá aguardemos, provavelmente, com o novo Iphone 5 em mãos.

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